Autobiografia

      Marcel MOAI Arancibia, mais conhecido como MOAi. Sou nascido no Chile, criado em Salvador-BA, vim para o Brasil em 1975,  na bagagem trouxe muito mais do que roupa, trouxe ritmos, sonoridades, costumes, cultura de uma América espanhola, tão mágica e tão rica quanto esta outra América portuguesa. E o que eu aprendo aqui e o que eu aprendi lá, é a soma do que sou como Artista. A música que canto hoje é o resumo de minhas andanças, histórias e experiências. 
       "Acredito que não há mais sincera escola do que a Vida, o resto é pura novela".

      Cheguei ao Brasil com 4 anos de idade, por isso me considero um BRACHILENO. 
Passei os meus primeiros 10 anos de Brasil em Salvador. Aos 14 anos comecei a escrever meus primeiros versos, justamente na mesma época que ocorreu a mudança de toda a família para um país do outro lado do mundo, o IRAQUE. Passei dois (2) anos da minha adolescência morando num acampamento no meio do deserto. Foi lá que comecei a reconhecer a música que habitava em meus versos, eram ainda algumas canções tolas, mas foram tão importantes e necessárias, que quando voltamos ao Brasil tinha na bagagem uma meia dúzia de canções. 
Ainda lá no Iraque, comecei meus estudos com o Violão (presente de meu irmão-Fernando Arancibia), aos 16 para 17 anos de idade.
       De volta ao Brasil em dezembro 1987, fomos morar em Santos- litoral paulista. 
      Em Santos ficamos até o ano de 1990, estudei, entrei na faculdade e continuei compondo algumas baladas que costumeiramente tocava em festas de amigos, canções que agradavam e agradam até hoje.
      Em 1991 nova mudança, agora para um município vizinho, Praia Grande, especificamente no bairro do Samambaia, foi ai que conheci um bando de "malucos", Artista Plásticos, Ilustradores, Poetas, Atores. O bairro tinha um núcleo cultural!! , mil e uma idéias. A energia era tanta, que nessa época "idealizei" dois projetos: Zapirus Pectus e O homem da sombra amarela, infelizmente nenhum deles saiu do mundo das idéias, mas ajudaram a fundamentar o meu trabalho. 
     Em 1993, cada um foi atrás de seu sonho particular, na mesma época a música deu lugar a paternidade, a música então tornou-se um plano futuro.
     Em junho de 1998,  eu e alguns daqueles "malucos" nos unimos em prol de realizarmos um grande feito, montamos um projeto que envolvia Música,Teatro e Artes Plásticas. O nome do grupo era O+, defendemos um musical chamado O MOVIMENTO, na 2º edição do Festival Caiçara in Canto , nossa apresentação foi noticiada como a mais revolucionária e por conta da repercussão fomos convidados a representar a cidade de Praia Grande no FESTA - Festival de Teatro Amador de Santos. infelizmente Sem apoio, o grupo foi perdendo força até que finalmente acabou. 
      No final de 1999, cansado de esperar por apoio de terceiros, resolvi gravar um CD por conta própria, estava certo que com a chegada da Nova Era, deveria apostar numa música mais "iluminada", gravar um trabalho com canções que exaltassem a natureza e a espiritualidade. Através de um empréstimo, realizei minha empreitada mal sucedida, o dinheiro não foi suficiente para produzir um trabalho de qualidade, acabei ficando com a dívida e com o rascunho do trabalho que imaginei e almejei.
      Desgostoso com o desfecho de minha empreitada, resolvi dar um tempo na música e me dedicar a outro ramo, o artesanato, desenvolvi uma grife alternativa de camisetas artísticas, o trabalho alcançou o litoral sul do Rio de Janeiro e por conta desse negocio me mudei em 2001, para São Sebastião- litoral norte Paulista.
      Em 2002 trabalhando como auxiliar de produção, do Festival de Cinema Ecológico - ECOCINE, que conheci a vida e obra de Amyr Klink, a sua paixão pelo mar me contagiou a tal ponto que escrevi 16 canções e um roteiro de um romance chamado Chico Maré. Novamente devido a falta de dinheiro, mais um projeto engavetado.
      Devido a razões familiares resolvo voltar a Praia Grande no final de 2003, filhos crescendo, não houve tempo para outra coisa a não ser cuidar da família.
      Somente em março de 2006, a música reanima, devido ao grande fato de Marcos Pontes ter se tornado o primeiro astronauta brasileiro a ir as estrelas, e eu ter acompanhado toda a reportagem, ter anotado as declarações que ele fez e ter transformado todas essas informações em música. Meu Ser tem um renovo e se volta novamente pra música.
      Em 2008 convidado para participar do festival Alpha da nova canção de Praia Grande, resolvo defender uma canção inédita, Homo Símio. esta canção trouxe uma nova possibilidade, eis então que nasce o Pícaros, um segundo lugar em 2008, e um primeiro lugar em 2009, algumas apresentações em ONGs, associações, Sindicatos, Grêmios estudantis e diretórios acadêmicos. a gravação de uma Demo-tape com quatro canções e quatro vídeos postados no Youtube.
      Atualmente transito entre o Pícaros e uma carreira Solo, mas isso é assunto para as páginas a seguir.